Em 2016, o Partido dos Trabalhadores ocupava a Presidência da República havia 13 anos ininterruptos. Usando métodos escusos, o partido conseguira conquistar uma maioria no Congresso Nacional. Os sindicatos e a União Nacional dos Estudantes (UNE) também estavam ao lado do governo.
Ainda assim, em grande medida graças à pressão popular constante e intensa, Dilma Rousseff teve o mandato cassado. Foi a maior vitória do povo brasileiro em décadas.
Agora, o Brasil se vê novamente em uma situação desesperadora: o Judiciário, sobretudo pelas mãos do ministro Alexandre de Morais, ultrapassa diariamente os limites do Direito, ignora a Constituição e fere os direitos fundamentais dos brasileiros.
O desafio atual talvez seja ainda maior do que o de 2016. A abertura de processo de impeachment contra ministros do STF, embora esteja prevista na Constituição, jamais aconteceu.
Mas precisa acontecer.
A missão não é simples. Mas não é a facilidade da missão que deve nos motivar a persegui-la, e sim a necessidade moral de fazer o que é certo, no tempo certo, e da forma certa.
O certo é cassar o mandato de Alexandre de Moraes. O tempo certo é agora. A forma certa é por meio de um processo de impeachment no Senado Federal.
E, se as derrotas e vitórias conquistadas pelos brasileiros de bem nos últimos anos ensinaram algo, é isto: só é possível superar um inimigo dessa magnitude com uma união entre liberais, conservadores, centristas e todos aqueles que estejam dispostos a defender a democracia. Assim como em 2016.
Desta vez, ainda mais do que em 2016, será preciso ter estratégia tanto para mobilizar a população quanto para convencer os parlamentares (em especial, os senadores) a agirem. Isso envolve paciência, persistência e coragem. Não há outro caminho.